terça-feira, 29 de março de 2011

Vôlei Futuro é absolvido juntamente com seu técnico, César Douglas

O Vôlei Futuro entra em quadra na sexta-feira, mas já nesta terça, dia 29 de março, conseguiu uma importante vitória às vésperas do início do duelo com o Cruzeiro, pelas semifinais da Superliga Masculina. O técnico César Douglas e o próprio clube foram absolvidos pela Primeira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Vôlei, e não terão suspensões, multas ou perda de mando de quadra a cumprir nesta reta final de competição. O central Rodrigo Mudo, que disputou a competição pelo já eliminado Volta Redonda, foi suspenso por três partidas, as quais terá que cumprir na próxima competição nacional que disputar.
O duelo entre Vôlei Futuro e Cruzeiro começa na próxima sexta-feira, dia 1° de abril, quando se enfrentam em Contagem, no ginásio do Riacho. O segundo jogo, que normalmente aconteceria no ginásio Plácido Rocha, em Araçatuba, será em Barueri, no dia 9, no ginásio José Correa, em função de solicitação da emissora que detém os direitos de transmissão da Superliga. O terceiro jogo, caso necessário, será no dia 15, novamente em contagem.
No julgamento, o delegado da partida, Ricardo Havelange, que relatou toda a confusão na súmula, prestou depoimento. Ele confirmou que viu o arremesso de um “bate-bate” ao seu lado. Em seguida, o delegado reforçou que não viu o técnico César Douglas agredir o técnico adversário, ressaltando a quantidade de seguranças que havia no ginásio, e que agiam prontamente.
Em seguida, o próprio treinador do Vôlei Futuro falou aos auditores do STJD, e alegou que em nenhum momento empurrou o adversário, mas que ele sim, desde o primeiro ponto, estava sendo afrontado pelo treinador do Volta Redonda.
A defesa do Vôlei Futuro ainda destacou uma preliminar em função de uma denúncia supostamente genérica, e ainda uma preliminar de prescrição em relação à denúncia do técnico, alegando que foi feita fora do prazo.
O jurídico do clube de Araçatuba ainda disse que o “bate-bate” apenas caiu das mãos de um torcedor e que não houve nenhum arremesso, destacando também que não houve nenhum tumulto na torcida do Vôlei Futuro, mas sim na torcida do Volta Redonda, citando as imagens apresentadas durante o julgamento. Assim, pediu a absolvição do clube e de César Douglas.
O relator Luiz Tavares Meyer rejeitou as preliminares e votou no sentido de absolver o Vôlei Futuro e o técnico César Douglas das acusações, e aplicar uma suspensão de três partidas ao jogador Rodrigo Mudo, do Volta Redonda, por infração ao artigo 258 do CBJD. O auditor Fabrício Dazzi acompanhou integralmente o voto do relator. O presidente da comissão divergiu apenas no sentido de aplicar uma multa de R$ 2 mil ao Vôlei Futuro pelos incidentes em quadra, mas sem influenciar na decisão.

Entenda o caso:
Segundo o relatório do delegado da partida, ocorrida no dia 10 de fevereiro, em Araçatuba, a confusão começou quando um torcedor atrapalhou a reposição de bola do Volta Redonda, ao lado da mesa de arbitragem, junto à arquibancada. Os jogadores do Voltaço ficaram revoltados e começaram a discutir com o torcedor. No meio da discussão, o torcedor jogou um bate-bate (um objeto inflável que serve para fazer barulho) na quadra.
No fim do jogo ainda aconteceu outra discussão entre técnicos e jogadores das duas equipes, com maior presença de integrantes do Volta Redonda, segundo o relatório. O jogador Rodrigo Mudo, da equipe do Voltaço, discutiu com outro torcedor, quase chegando a trocar agressões, sem que a segurança tomasse alguma atitude para evitar.
Diante disso, o Vôlei Futuro foi enquadrado no artigo 213, incisos I (deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir: desordens em sua praça de desporto) e III (deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir: lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo), do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
A equipe de Araçatuba ainda foi denunciada com base no parágrafo primeiro do mesmo artigo 213, no qual diz que “quando a desordem, invasão ou lançamento de objeto for de elevada gravidade ou causar prejuízo ao andamento do evento desportivo, a entidade de prática poderá ser punida com a perda do mando de campo de uma a dez partidas, provas ou equivalentes, quando participante da competição oficial”.
Rodrigo Mudo também foi denunciado devido à confusão, respondendo ao artigo 258 (assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código) do CBJD.
Para fechar toda esta confusão, o técnico César Douglas, do Vôlei Futuro, ainda se envolveu numa discussão mais acalorada com o técnico adversário, Alexandre Ferreira. Segundo o relatório, o treinador da equipe paulista teria dado um empurrão no comandante do Volta Redonda, já após o jogo. Assim como Rodrigo Mudo, ele também foi denunciado no artigo 258 do CBJD.


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Postado por Alisson Almeida

Um comentário:

  1. Haha...faz me rir!!!
    Eu por sorte (ou azar), estava ao lado do feliz torcedor que foi na bola, atrapalhando a tentativa de recuperação do time de Volta Redonda. E do ponto de vista de alguém que estava muito próximo, os fatos não foram bem relatados. A bola estourou no jogador do VR e subiu, muito, quando caiu, em cima da grade, quando o torcedor foi nela, e confesso que tive a mesma idéia, só me faltou impulso ao lembrar que meus braços são bem mais frágeis que de um homem e a bola vinda daquela altura, ai... ia doer se eu pegasse de mau jeito, bom, ficou a tarefa para meu vizinho, que tenho certeza, como eu, só estava olhando pra cima, onde a bola ia cair, a impressão que deu é que ia passa para o lado de dentro da grade, mas a danada da bola estava confusa e parece que ficou exatamente na área neutra, no meio da grade, onde houve quase um choque entre o torcedor e o jogador do VR. Não foi intencional, de nenhuma maneira, foi uma tentativa natural de qualquer torcedor apaixonado pelo VF de pegar a bola e participar um pouquinho mais do jogo que tanto nos emociona. Mas no calor da situação, não foi esse o entendimento dos jogadores e do técnico do VR, o jogador, veio, contudo para cima da bola, mas o torcedor chegou primeiro, então ele se virou contra o torcedor o culpando por sua frustração, houve um bate boca, e um bate-bate caiu da mão do torcedor, mas nem foi na quadra, foi bem pertinho da grade, tão perto que o próprio torcedor o pegou de volta. Tudo isso em fração de segundos, e na mesma fração surgiram todos os seguranças e os policiais que estavam no estádio, todos na nossa frente, como se fossem impedir uma rebelião, ou algo parecido. Foi um exagero. Porém o jogo continuou e para animar ainda mais, no final houve mais um bate boca, agora entre os técnicos. Bom agora eu devo parar meu testemunho, pois como se seguindo o princípio "nemo tenetur se detegere" (o direito de não produzir prova contra si mesmo) no caso contra nosso apaixonante VF, não me lembro de mais nada.
    Beijos
    Kelly Amadeu ( + uma torcedora apaixonada)

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