terça-feira, 22 de maio de 2012

Ricardinho, do vôlei, diz que ainda não pensa na Olimpíada

De volta à seleção depois de longos cinco anos afastado, o levantador Ricardinho, 36, não quer pular etapas. Ele diz que ainda está desfrutando seus primeiros momentos com a camisa verde e amarela em uma competição e que ainda não pensa na Olimpíada de Londres.
Na sexta-feira, o veterano fez sua reestreia na seleção na derrota para a Polônia, pela Liga Mundial. Neste domingo o Brasil voltou à quadra no Canadá para enfrentar a Finlândia.
"Estou muito confiante, mas, sinceramente, ainda não estou pensando em Olimpíada", disse o levantador em entrevista à Folha por e-mail.
"Estou pensando em curtir o meu momento, cada viagem, e curtir o Canadá agora é o meu principal objetivo. Mas, claro, o foco mais para frente é trabalhar para estar bem em Londres", disse Ricardinho, que concorre por duas vagas na seleção olímpica com Bruno e Raphael, que atua no vôlei italiano.
"São jogadores mais novos e que, nesses cinco anos, apareceram bastante em seus clubes e na seleção. Com a experiência que tenho, sei como funciona essa disputa. Vamos trabalhar e quem estiver melhor o [técnico] Bernardinho vai levar para Londres. Pelo conhecimento que tenho dele, tenho certeza de que nem eu nem o Bruno estamos garantidos", afirmou.
O veterano admite que ainda precisa de ajustes com os atacantes da equipe.
"Preciso melhorar fisicamente, treinar mais com os jogadores e fazer um trabalho refinado, de ajuste de bola, repetições com certos jogadores. Mas tenho experiência que me deixa trabalhar cada dia com tranquilidade. Sei que tudo isso demora e o foco maior é lá na frente."
Ricardinho ainda vê Bruno, que atuou na seleção como titular nos últimos anos, mais entrosado com o grupo.
"Ele vem jogando com alguns atletas da seleção no clube, está no time nacional há um bom tempo e já tem uma certa experiência de treinamento, de trabalho, convivência. Quanto a sair na frente, não sei. Quem tem que ver isso é o Bernardo", declarou.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Seleção brasileira dá início à segunda "era Ricardinho" em estreia na Liga Mundial

Quando entrar em quadra nesta sexta-feira, contra a Polônia, em Toronto, na abertura da Liga Mundial, a seleção brasileira masculina de vôlei contará oficialmente com o retorno de Ricardinho. Afastado desde 2007 por problemas de relacionamento, o levantador está de volta à equipe comandada por Bernadinho para a competição, que servirá como preparação para as Olimpíadas de Londres-2012.
A última competição disputada por Ricardinho com a camisa verde e amarela foi justamente a Liga Mundial, em 2007. Na ocasião, a seleção brasileira foi campeã e o levantador foi eleito o melhor jogador do torneio.
No mesmo ano, Ricardinho foi cortado dois dias antes dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, após crises de relacionamento. Por isso, o retorno à rotina de seleção brasileira foi comemorado pelo jogador no dia 1º de maio, quando ele se apresentou junto com seus companheiros para começar a preparação.
“O reencontro foi bom. É como voltar com uma ex-namorada. É o mesmo jeito, a gente já se conhece. E a sensação é que a namorada já estava me esperando. Estou muito feliz”, disse o levantador na ocasião.

De volta, Ricardinho será figura importante na Liga Mundial, competição que servirá para a seleção se preparar para a Olimpíadas. De acordo com Bernardinho, a estreia, contra a Polônia, já será um bom teste para a equipe.
“A Polônia está com a equipe completa, a mesma que foi vice-campeã na Copa do Mundo do ano passado, e é uma das fortes candidatas na briga por medalhas em Londres", afirmou o treinador.
"Estrear contra eles é uma dificuldade enorme que temos, mas que serve como parâmetro para o nosso trabalho. Essa estreia funciona muito como um laboratório para que possamos avaliar o trabalho desenvolvido até agora”, completou.
Canadá e Finlândia completam a chave da seleção, que está no Grupo B da Liga Mundial.

JOGOS DA SELEÇÃO NA LIGA MUNDIAL

18/05, às 21h: Brasil x Polônia - SporTV e Esporte Interativo
29/05, às 17h: Brasil x Canadá - SporTV e Esporte Interativo
20/05, às 17h: Brasil x Finlânda - SporTV e Esporte Interativo

CONFIRA OS GRUPOS DA LIGA MUNDIAL
Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D
Rússia Brasil Itália Argentina
Cuba Polônia Estados Unidos Bulgária
Sérvia Finlândia França Alemanha
Japão Canadá Coreia do Sul Portugal




segunda-feira, 7 de maio de 2012

Bruninho abre portas para 'Ricardinho' na Seleção.

 Levantador se incomoda com o status de ‘salvador’ do rival pela posição, mas vê com bons olhos o retorno dele à Seleção.

Todos os holofotes da Seleção Brasileira de vôlei daqui em diante, após o anúncio do retorno de Ricardinho, estarão voltados para o levantador do Vôlei Futuro. Substituto do jogador em grande parte do tempo após o entrevero que o afastou do time nacional, Bruninho não se intimida com o retorno daquele que brigará com ele pela posição. Muito pelo contrário.

Presente na conquista de quatro Ligas Mundiais e um Campeonato Mundial, ele prefere ver a volta de Ricardinho como algo que pode ser de grande valia para a Seleção Brasileira no fim deste ciclo olímpico.

– Com a qualidade que ele tem, tenho a certeza de que virá para ajudar o Brasil. Se ele vier com o espírito que tem demonstrado, querendo trabalhar, só tende a nos ajudar – disse o agora jogador do RJX, em entrevista exclusiva concedida ao LANCENET!.

Uma única coisa incomoda Bruninho. O tratamento dispensado a Ricardinho, tido por muitos como o “salvador” para a Seleção, não condiz com o retrospecto do time nacional sem ele, segundo o jogador.

– O que me incomoda um pouco é as pessoas esquecerem do que fizemos nos últimos três anos e tratarem ele como o salvador. Mesmo sem ele, o grupo conseguiu ótimos resultados – analisou Bruninho.

Ciente da bagagem e do peso de Ricardinho, Bruninho diz não pensar em ir para o banco de reservas.

Para isso, ele já tem trabalhado firme em sua preparação para a Liga Mundial desta temporada, que começará no dia de 18 de maio.

Com a saída precoce de sua ex-equipe, a Cimed/Sky, da Superliga Masculina, Bruninho realiza já há duas semanas treinos com a comissão técnica da Seleção Brasileira, no Centro de Treinamento de Saquarema, no Rio de Janeiro.

- Sei da qualidade do Ricardinho, sei o que ele pode fazer, mas quero chegar no melhor da minha forma. Tenho de trabalhar no meu máximo, pois não penso em ir para o banco. Quero estar sempre pronto para poder ajudar - completou o levantador.



Fonte: @lancenet
Foto (Mmontagem): @Fc_Ricardo17

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Bernardinho elogia Ricardinho: "veio com espírito de agregar"

  Após cinco anos com a relação estremecida, o técnico Bernardinho e o levantador Ricardinho parecem ter voltado mesmo aos tempos de "paz e amor". Nesta sexta-feira, o treinador da Seleção masculina de vôlei elogiou muito o comandado neste retorno ao grupo que disputará a Liga Mundial e falou sobre o reencontro da dupla, que conquistou a medalha de ouro olímpica em 2004. "Houve uma tentativa de reconciliação há um tempo atrás, mas infelizmente ele não conseguiu estar com a gente para treinar desde o início do ano. Foi passado o tempo jogando bem, uma postura correta nas partidas, ajudando o time na Superliga. Pensei: 'quanto tempo eu vou ficar sem dar uma chance?' Tivemos então um papo longo antes da final da Superliga", disse Bernardinho à Sportv.
O treinador disse que Ricardinho estava preocupado em não ser aceito novamente pelo grupo depois do entrevero antes dos Jogos Pan-Americanos de 2007. "Ele se mostrava muito preocupado em como ia ser a recepção do grupo com relação à volta dele. Eu disse: 'o grupo vai receber você do jeito que chegar, se chegar com espírito de agregar, será bem recebido'. É esse o espírito que tem norteado a volta dele, com aquela alegria de sempre e a energia. Assim como tem os pontos positivos, já chamei atenção de algumas coisas que tenho notado que ele fazia e não faz mais. Tenho cobrado dele", disse Bernardinho. "O importante é ele continuar com esse sentimento de fazer parte de um projeto maior do que o seu pessoal. É muito importante isso, neste momento de Olimpíada". 

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Com bateria recarregada no Dia do Trabalho

Era feriado do Dia do Trabalho, mas Ricardinho acordou ontem antes das 5h por um motivo especial: deixar Araçatuba, no interior de São Paulo, e embarcar para o Rio de Janeiro para uma rotina que ele não vivia há cinco anos. Convocado pelo técnico Bernardinho para a Liga Mundial, o levantador chegou pela manhã na cidade para se apresentar à Seleção de vôlei no centro de treinamento em Saquarema.
"Eu estava até pensando nisso. Antes, pensava que estaria de folga no feriado, num dia que foi minha folga nos últimos cinco anos e agora não tenho mais (risos). É um dia muito legal na minha vida. Estou curtindo bastante esse momento, muito prazeroso", afirmou Ricardinho, ao desembarcar no Aeroporto Santos Dumont.
O levantador contou ainda estar curtindo o recomeço na Seleção. "Fazia tempo que eu não tinha essa sensação e estou tendo agora de me reapresentar e de ver jogadores que eu já conheço. Fazia muito tempo que eu não jogava junto com eles e agora vamos estar vestindo a mesma camisa. É um lance muito bacana. É gostoso imaginar que, depois de cinco anos, quando eu fiquei jogando contra os caras, agora vou poder atuar junto com eles", afirmou.
Ao voltar no tempo, Ricardinho lembrou que, nessa época do ano, desde que foi cortado da Seleção no Pan do Rio (2007), ele costumava já estar de folga. "Estava em casa com a família. Era mais ficar em casa, buscar as filhas na escola, levá-las para o inglês ou para o dentista", contou, referindo-se às filhas Bianca, de 8 anos, e Júlia, de 14. "A pequenininha parecia estar sonhando quando dei tchau para ela hoje (ontem). Mas elas estão gostando e não veem a hora de me ver com a camisa da Seleção", completou.
Aos 36 anos, Ricardinho se mostrou disposto a retomar a rotina de treinos e viagens que muitos jogadores da sua idade começam a achar desgastante. "Nunca imaginei que fosse vivenciar essa sensação. Eu acho que tive tempo para recarregar muita bateria. Quem precisar de bateria, eu vou ter bastante na mochila", brincou ele. "Foram cinco anos que eu fiquei só recarregando bateria nesse sentido de viagem, de descanso. Com certeza, estou chegando com um gás bem bacana, apesar dos meus 36 anos", concluiu.






Fonte:  O Dia Online