quinta-feira, 26 de julho de 2012

Após 5 anos afastado, Ricardinho diz: 'Time é habituado a dar volta por cima'

Levantador revela que 6ª posição na Liga Mundial de vôlei preocupou, mas seleção vai superar a desconfiança, e diz ainda que temeu pelo seu corte

 A sexta posição na última Liga Mundial, disputada em julho, teve um gostinho de frustração. Depois de cinco anos afastado da seleção brasileira masculina de vôlei, o levantador Ricardinho voltou à equipe e amargou o pior resultado da Era Bernardinho. Dono de um estilo de jogo mais veloz, com uso dos ponteiros, ele admite que a readaptação ao grupo é um processo lento, mas diz que a sequência de treinamentos às vésperas dos Jogos Olímpicos de Londres trouxe mais confiança para o time verde-amarelo, acostumado a dar a volta por cima.
- É claro que o resultado na Liga deixou todos preocupados, mas é preciso lembrar que esse é um time habituado a dar a volta por cima. Não será a primeira vez que esse time supera uma desconfiança. Fiquei aliviado quando o Bernardinho confirmou a convocação. Tive mais paz para treinar - afirmou o levantador.
Ricardinho considera o período de treinos curto, mas acredita que a evolução do time já permite sonhar com resultados melhores. O levantador se julga na equipe reserva e, segundo ele, isso ajuda a ganhar entrosamento com os demais jogadores.
- Me sentia meio sufocado com a indefinição, tinha muitos companheiros. É sempre melhor trabalhar com um grupo menor.
Em relação aos Jogos de Atenas, em 2004, quando fez parte da equipe que conquistou a medalha de ouro, o jogador afirma que o estilo de jogo facilitava o seu trabalho.
- Essa é uma equipe mais alta; aquela era mais ágil, rápida. É claro que vou ter alguma dificuldade de adaptação, são outros colegas - disse.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Londres é a olimpiada para o renascimento do Ricardinho.

A última imagem olímpica de Ricardinho era o abraço entre lágrimas a Bernardinho, com o punho cerrado após o ponto final na vitória sobre a Itália na decisão dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004. Oito anos depois, no entanto, o sorriso escancarado ao cruzar o setor de desembarque do Aeroporto de Heathrow, segunda-feira, era muito mais do que apenas um sinal de boas-vindas a Londres. Representava a volta por cima de quem, entre o choro dourado e a alegria em solo britânico, viveu uma histórica recheada de polêmicas e dúvidas até receber uma segunda chance.
  Da Grécia ao Reino Unido, Ricardinho viveu o auge com o posto de melhor jogador do mundo, na Liga Mundial de 2007, de onde caiu rapidamente com o corte dos Jogos Pan-Americanos do Rio, meses depois. Ficou também cinco anos longe da seleção e sofreu com os questionamentos de quem nunca entendeu o real motivo de sua exclusão da "família Bernardinho". Vitórias e derrotas que ficaram no passado diante da empolgação do retorno ao solo olímpico.
  - Estou muito feliz. Mais uma Olimpíada, com certeza a minha última. Vou tentar aproveitar da melhor forma possível - disse com um belo sorriso no rosto.

  Convocado até certo ponto de forma surpreendente para a Liga Mundial, Ricardinho admitiu que começou a alimentar ali o desejo de estar em Londres. Tudo sem muita pressão, mas que resultou em uma sensação especial quando foi confirmado na lista.
  - Esperava (estar nas Olimpíadas). Depois da minha convocação (para Liga), eu esperava. É gostoso. Sou um cara que luta muito pelas coisas, mas também não sofre muito. Se não viesse, se não tivesse tido a oportunidade, não ia ficar chateado. Obviamente que Olimpíadas são sempre Olimpíadas. Uma emoção diferente. E fico muito feliz por poder estar em mais uma.
O retorno aos Jogos Olímpicos, por sua vez, é em situação bem distinta da que Ricardinho viveu em 2004. Se em Atenas o Brasil chegou como favorito absoluto pelos três títulos da Liga Mundial e um do Campeonato Mundial nos quatro anos anteriores, o panorama atual é de desconfiança. Nada que abale o otimismo do levantador.
- É um grupo muito forte. A garotada ficou sentindo realmente a derrota nas finais da Liga Mundial, algo que não vinha acontecendo. Estamos muito esperançosos de que vamos chegar e crescer na hora certa. E tem que ser esse o pensamento. O que eu procuro passar para eles é de que a Liga acabou, as críticas fazem parte e temos que saber carregar esse lado de em um ano as coisas não acontecerem como esperávamos. Acredito muito.
Na última Liga Mundial, realizada na Bulgária, o Brasil ficou apenas na sexta colocação. Em Londres, a equipe de Bernardinho tem Rússia, Alemanha, Tunísia, Sérvia e EUA como rivais na primeira fase. A estreia está marcada para o dia 29, contra os tunisianos.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Para técnico americano, retorno de Ricardinho merece atenção especial

Apesar da má fase da equipe brasileira, comandante dos atuais campeões olímpicos garante não subestimar seleção do técnico Bernardinho.

O retorno de Ricardinho à seleção brasileira de vôlei já preocupa o técnico da equipe americana, uma das mais fortes nas Olimpíadas. Alan Knipe revelou que sua equipe, campeã olímpica em Pequim-2008, estará atenta, em especial, ao levantador, de 36 anos. Depois de cinco anos afastado, ele retorna ao time de Bernardinho.
- Ricardinho tem muita experiência. É preciso ter cuidado. Nossos principais jogadores já conhecem bem os principais jogadores brasileiros. Nós conhecemos muito melhor um time quando jogamos contra ele do que quando apenas assistimos às partidas. E, só no ano passado, enfrentamos o Brasil 5 vezes. Os mais conhecidos dos dois lados neutralizam uns os outros. Mas, para alguns, Ricardinho ainda pode ser uma surpresa - afirmou Knipe, nesta terça-feira.

 Em Londres, os americanos tentam o quarto ouro olímpico e carregam o rótulo de favoritos, ao lado dos poloneses. Eles reconhecem que o time do Brasil não está na sua melhor fase, mas preferem a cautela.
- Ninguém do nosso time seria tolo de não considerar o Brasil um dos favoritos. Os brasileiros não devem cometer muitos erros e têm muitas armas. O ideal é nos preocuparmos com nós mesmos. Não podemos parar todo o ataque brasileiro, mas temos que ter cuidado com as nossas próprias ferramentas - completou o comandante americano.
Alan Knipe contou ainda que pode apostar em jogadores menos conhecidos para tentar surpreender os adversários - entre eles, o meio de rede David Smith. Os Estados Unidos estão no Grupo B, o mesmo do Brasil, junto com Tunísia, Rússia, Alemanha e Sérvia.

 

 

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Com grupo definido, time brasileiro faz últimos treinos antes do embarque

Com os 12 nomes definidos, a seleção brasileira masculina de vôlei faz, nesta semana, os últimos treinos antes do embarque para os Jogos Olímpicos de Londres. Nesta QUARTA-FEIRA (18.07), o técnico Bernardinho anunciou, no Aryzão, o Centro de Desenvolvimento do Voleibol, em Saquarema (RJ), a lista oficial com os 12 atletas que representarão o Brasil na principal competição do calendário esportivo.
O treinador passou a lista com os seguintes nomes: os levantadores Bruno e Ricardinho; os opostos Leandro Vissotto e Wallace, os centrais Rodrigão, Lucão e Sidão; os ponteiros Giba, Murilo, Dante e Thiago Alves e o líbero Serginho.
Na última semana de preparação em Saquarema, a expectativa é a melhor possível. “Todos sabem que fizemos uma Liga Mundial um pouco irregular, mas trabalhamos muito forte nessas duas últimas semanas, em um nível altíssimo. Estamos mergulhados nisso, pensando somente nessa Olimpíada, com o objetivo de fechar um ciclo muito bem”, afirmou o ponteiro Dante.
Recuperado da cirurgia na canela, o capitão Giba afirma estar preparado para representar o Brasil pela quarta vez em uma edição de Jogos Olímpicos. A experiência de duas medalhas conquistadas faz com que o ponteiro conheça a necessidade de estar calmo neste momento.
“Estou tranquilo, sabendo das condições de jogo, disposto e pronto para ajudar do jeito que for necessário e preciso. São 12 atletas à disposição o tempo inteiro e isso é algo importante para o Bernardinho”, comentou Giba, que demonstra sentimentos ao falar da sua última participação em Olimpíada.
“A ansiedade é igual. Até porque, para mim, cada campeonato é como se fosse o primeiro. Fico bem emocionado porque disputar os Jogos Olímpicos sempre foi o meu sonho e eu estou indo para a quarta edição. Estou concluindo mais um sonho”, destacou Giba.
Apesar de ainda não se considerar na forma ideal, o capitão do Brasil garante que estará no auge em Londres.
“Vou chegar 100% na Olimpíada. Quando estamos lá, o organismo emite algumas substâncias que eliminam as dores”, brincou Giba. “O sacrifício foi feito desde dezembro, quando foi constatada a fratura por estresse, e, com certeza, valeu a pena toda a dor, tudo que passei para estar nesse momento de novo e ter a chance de ser campeão olímpico mais uma vez”, afirmou Giba.
Momento positivo
Sem ter conseguido o resultado desejado na Liga Mundial, Bernardinho faz questão de destacar que o momento é positivo. As duas semanas de treinos entre o fim da competição e o embarque para Londres, no próximo DOMINGO (22.07), foram, e ainda estão sendo, proveitosas.
“Algumas deficiências nos atrapalharam e trabalhamos em cima delas nesse período. O importante é que conseguimos treinar o tempo todo com toda a base. Trabalhamos forte e bem. Só o fato de termos a continuidade com a base de partida das Olimpíadas foi muito importante. Começamos a apresentar uma cara mais de time efetivamente, com uma consistência maior e isso vai ser medido e testado na estreia em Londres”, disse Bernardinho.
O primeiro jogo da seleção masculina será no dia 29, contra a Tunísia. Bernardinho considera este o adversário menos perigoso do Grupo B, que ainda conta com Rússia, Estados Unidos, Sérvia e Alemanha.
“A Tunísia está um pouco abaixo, mas considero todos os adversários em condições de bater o Brasil. Uns com mais tradição, outros com menos, mas todos em excepcionais condições de brigar. Desses cinco, apenas quatro passam. E o que eu garanto é que teremos um time mais eficiente e mais preparado”, concluiu Bernardinho.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Vôlei Futuro renova com o levantador Ricardinho anuncia fim da equipe feminina.

O longo silêncio da diretoria do Vôlei Futuro se encerrou nesta quinta-feira. A equipe de Araçatuba se pronunciou, através de um comunicado enviado ao UOL Esporte, para anunciar o fim do time feminino e também algumas novidades em relação aos homens.
A principal delas é a renovação de contrato de Ricardinho, que está com a seleção brasileira. O camisa 17 fará sua terceira temporada pelo Vôlei Futuro. O levantador chegou ao projeto em 2010, depois de sete anos atuando na Itália. Desde o fim da última Superliga, da qual o time foi vice-campeão, Ricardinho deixou claro sua vontade de permanecer. As negociações se arrastaram durante mais de dois meses até chegaram ao novo contrato.
Porém, o principal patrocinador deixou de investir no projeto e, por isso, a diretoria sofreu para manter seus principais jogadores. A demora fez com que o oposto Lorena, principal atacante do time na Superliga, se transferisse para o Sesi. Mário Júnior, outro da seleção, também deixou a equipe e vai jogar no RJX. A tendência é que nos próximos dias novos atletas sejam anunciados como reforços, já que, de acordo com a informação do clube, o time masculino conta apenas com oito jogadores até o momento.
O fim das atividades da equipe feminina chega a ser surpreendente. Nos últimos dois anos, o Vôlei Futuro investiu pesado e contratou jogadoras renomadas, como Paula Pequeno, Fernanda Garay, Joycinha, Carol Gattaz e Walewska, além de atletas estrangeiras renomadas, como a líbero Stacy Sykora.

Confira a íntegra do comunicado:
 
O Projeto Vôlei Futuro, vem por meio desta comunicar o fim da equipe feminina da categoria adulta, participante há seis anos da Superliga Nacional.
Agora, o projeto continuará com suas atividades com a equipe masculina da categoria adulta e com os núcleos de prática esportiva, que atendem crianças e adolescentes na cidade de Araçatuba (SP), além de parcerias com projetos de inclusão social.

Segue alguns nomes já confirmados para a temporada 2012/2013:
Levantadores: Ricardinho e Jairo Medeiros
Centrais: Michael e  Vini
Líbero: Polaco
Ponteiros: Bruno Temponi e Guilherme Hage
Oposto: Caio de Prá


Fonte: Uol Esportes

terça-feira, 3 de julho de 2012

LIGA MUNDIAL 2012: Brasil estreia contra Cuba na Fase Final

Classificada como o segundo colocado com o maior número de pontos, a seleção brasileira masculina de vôlei está no Grupo F e terá Cuba e Polônia como primeiros adversários na Fase Final da Liga Mundial 2012. A estreia do Brasil será QUARTA-FEIRA (04.07), contra Cuba. A equipe verde e amarela enfrentará a Polônia no dia seguinte. Os dois jogos serão às 11h30 (horário de Brasília). A fase decisiva será realizada de 4 a 8 deste mês, em Sofia, na Bulgária. SporTV e Esporte Interativo transmitirão ao vivo todos os jogos da seleção brasileira.

O Brasil aguardava pelos resultados da última rodada da fase classificatória, realizada até DOMINGO (01.07), para confirmar a vaga na etapa decisiva. A dúvida era em relação à França, que tinha chances de chegar aos 26 pontos conquistados pelo time brasileiro nas quatro primeiras rodadas. Porém, os franceses somaram 24 e o time comandado pelo técnico Bernardinho se garantiu.

Primeiros adversários do Brasil, Cuba e Polônia classificaram como líderes dos grupos A e B, respectivamente, assim como Estados Unidos e Alemanha, pelas chaves C e D. Também estará na disputa da Fase Final a seleção da Bulgária, como o país sede. As cinco seleções e o Brasil chegam zerados para as finais e as duas melhores de cada grupo classificam para as semifinais e seguem na disputa pelo título.

No histórico entre Brasil e Cuba, vantagem brasileira. Nos 112 jogos realizados, 64 vitórias do time verde e amarelo e 48 derrotas. Nos confrontos contra os poloneses, os brasileiros também levam a melhor. Foram 57 partidas disputadas, 40 resultados positivos e 17 negativos.

Nesta Fase Final, a seleção brasileira chega confiante no décimo título na história da Liga Mundial. Nas 22 edições já realizadas, o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio em nove: 1993, 2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010. Na última competição, em 2011, o Brasil chegou a final, mas acabou superado pela Rússia no tie-break.